Viver contra à maré!

Os recomeços nem sempre são fáceis. Por vezes, acredito que eles nunca acontecerão, outras eu acho que não deveriam ter acontecido. O tempo é eficiente para afastar pessoas que se amam, aplacar ressentimentos e tornar dispensável o que um dia nos foi fundamental.
Sinto a fragilidade das relações humanas quando passamos a nos sentir sós, à medida que o tempo passa. Sinto-me distante de muitas pessoas. É uma opção, uma decisão, uma estratégia. Sei bem o que tenho ouvido e o quanto me sinto amadurecido e seguro para tomar decisões e sobreviver em um mundo que se mostrou hostil para mim. Mas não há como viver isolado, por mais que haja uma voz que grita dentro de mim para que eu o faça.
Faço escolhas que me apontam para longe do mundo em que vivo. Minha paciência está em franco declínio e agora mais do que tudo, preciso estar junto de pessoas que tenham por hábito o respeito, a ética, a simplicidade e uma baita vontade de viver contra a maré.
Não estou em rota de colisão com o mundo, mas decidi mudar suas cores, seu sentido com um olhar diferente. Minhas escolhas nunca foram tão importantes e o desejo de viver com plenitude, tão forte!
Ser pleno é ser naturalmente o que que se é! Não vivo mais me moldando às circunstâncias, cansei de verdade de fazer isso. Acho que comecei a me sentir hipócrita ao sufocar o que realmente sou.
Agora acabou de vez! Não se preocupe se em meio a uma conversa eu ser acometido por uma enxaqueca, ou se eu rejeitar um convite para um almoço. Tenho preferido os silêncios que são tão ricos. Tenho preferido viver de pequenos encantamentos. Tenho preferido os cheiros e sabores que me reportam ao mundo que estou indo ao encontro. Tenho me apaixonado pelas cores das nuvens no céu. Tudo tem um sentido, uma abrangência que não havia encontrado antes. Por isso, recomeço sempre que posso com a certeza e a coragem de que não preciso olhar para trás!

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