See you in September...

Há tempos não tenho tido a oportunidade de escrever. Não escrevi porque precisava resolver muitas situações que dependiam exclusivamente de mim, mas também porque quando conseguia relaxar, meu corpo exigia o merecido descanso e eu adormecia rapidamente. Ao escrever converso comigo mesmo, como se eu falasse diante de um espelho. Falo ou melhor, escrevo muito e ao escrever, secretamente, vou de encontro às respostas que sempre estiveram dentro de mim. E isso serve para qualquer pessoa e é um grande consolo, se é que posso escrever assim.
Quando fico em dúvida diante de um fato, perdido sem saber o fazer, já tenho a resposta desde o começo, mas parece que preciso sempre colocar em dúvida as minhas certezas.
É difícil sentir-se seguro, mas acredite isso é possível, mesmo que por pouco tempo.
Mas eu também aprecio vivenciar situações complexas, desafiadoras. Antes de agir, "derrubo" armários, estantes e gavetas e começo a organizar tudo. Quanto mais desafiadora for a situação, maior é a minha necessidade de colocar tudo ao meu redor em ordem. É fato comprovado. Quanto mais trabalho tenho, mais lúcida fica a minha mente para enfrentar o que der e vier.
Sinto que descarrego energias ruins ao colocar meu corpo em ação e me recarrego de energias que são capazes de solucionar quase tudo.
Hoje ao fazer um exame de sangue fiquei surpreso com o funcionário discorrendo sobre a Teoria do Desequilíbrio. O exame que deveria durar uns 5 minutos, tinha espaço para durar dezenas de minutos. Apesar de surpreso e empolgado com o encontro inusitado e com a profundidade do tema, lembrei-me da enorme fila de pessoas que aguardavam pelo atendimento. Pedi desculpas envergonhado por ter que cortar o assunto, mas prometi que voltaria em outra oportunidade.
Estou aqui me perguntando...nada acontece por mero acaso, não é mesmo?
Diante da surpresa do encontro, continuei cumprindo a minha pesada agenda de 6a. feira, 03 de setembro de 2010.
Lá vou eu vivenciar mais um mês de setembro. Setembro sempre será desafiador para mim. É um mês forte, pois me coloca de frente com minhas maiores dificuldades, com as características pessoais que preciso transmutar dentro de mim e com enormes desafios que do nada aparecem e desaparecem.
Vivo diante de um mundo difícil. Não sei se o momento me torna fragilizado. Mas seja lá o que for, este ano, este mês tem sido muito especial. Sinto-me preparado com ferramentas para me defender e sobreviver aos confrontos que terei pela frente, e a maior delas tem sido a meditação.
Ao meditar consigo me libertar das emoções que trago dentro de mim. Parece que saio do meu corpo e me vejo de cima, com clareza, imparcialidade e assumindo o que sou em todos os sentidos.
Agir como ser humano é muito importante, assim como ser capaz de reconhecer-se como um deles.
Tenho que aprender a transmutar sentimentos residuais que ainda trago comigo, apesar de estarem muito debilitados, diante do projeto de ação, de expansão de consciência que abracei há quase duas décadas. Ainda sinto que emprego a separtividade, quando não deveria.                                                                                                               Todas as mudanças que preciso fazer em minha vida ficam claras em setembro, e pior, sou desafiado por elas para agir. Por isso a primavera sempre será um período de grandes conquistas, sacolejos e transformações.
Tenho gestado muitos projetos de transformação em setembro, em meio a flores e sabiás que cantam alegremente ao amanhecer. Não existe cenário mais impróprio para dar início a uma revolução pessoal!
Nem sempre consigo traduzir em palavras o que se passa na minha mente e no meu coração, afinal setembro mal começou. Entretanto, o trunfo maior que tenho é que coração e mente estão posicionados no lugar certo!
E o que faço a partir de agora? O que tenho feito há tempos atrás. Cultivo a esperança, pois ela é o maior empréstimo que a felicidade nos dá.
Quando tudo parecer confuso, irreal, impossível, frustrante e sufocante, lembre-se que a esperança estará sempre estendendo a mão para você. E com o devido tempo, nada mais voltará a ser o que era, mas você e eu, estaremos mais fortalecidos diante da vida e convencidos de que nunca estivemos sós.

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