Volto já

A melhor hora do dia é essa! É aquele momento em que a tarde se despede para dar lugar à noite. É uma despedida lenta, contínua e gradativa. Antes mesmo da noite reinar, a Lua já está visível da janela do meu quarto, atrás das árvores. Ela espera o momento exato de lançar sua luz fria e envolvente sobre nós.
Parei de trabalhar por alguns momentos. Estou lutando contra um forte resfriado que me deixou com o corpo dolorido. Sinto-me cansado também. A semana foi repleta de desafios inesperados, que ao serem superados me deixaram quebrado. Seria capaz de deitar agora e dormir até amanhã.
Mas o trabalho me aguarda. Preciso terminar o que já iniciei e iniciar novos trabalhos. Tenho prazos e vou cumpri-los. Mas sinto que hoje, excepcionalmente, gostaria de estar longe daqui.
Deve ser a febre que me abate agora. Não repare, hoje estou doente e minhas idéias estão meio desfocadas.
Sinto-me mais corajoso para pedir explicações daquilo que não entendo ou daquilo que não foi explicado. Não tenho mais condições de fazer vista grossa diante de muitos fatos que ocorrem comigo, como também não dá para sair brigando com o mundo.
Creio que encontrei o ponto médio entre a omissão e a explosão.
Volto já!

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