Não há o que temer

Quatro de setembro. O mês de setembro mal começou e já sinto as ondas desafiadoras se aproximando. Mesmo que não me atinjam diretamente, vejo o quanto podem afetar pessoas que como eu, encontram-se mais vulneráveis agora.
Dei-me conta que agradeço sempre a Deus e peço pouco, muito pouco. Mais uma vez sinto meu orgulho se manifestando, não deixando espaço que a humildade prevaleça nas horas difíceis. Não faço promessas a Deus. Isso me parece uma barganha horrível.
Faço poucos pedidos por crer que posso dar conta de tudo. As vezes tenho a sensação que pedir em demasia pode parecer fraqueza, mas Deus é muito mais do que eu. Não há como não reconhecer o seu poder diante de tudo e todos. Mas é doloroso reconhecer-se pequeno quando o orgulho está presente. Preciso domar com mais firmeza este meu orgulho!
É uma presunção ridícula. É preciso humildade para aprender a pedir.
Nos últimos dias pedi muito a Deus pelo que teria que enfrentar. A experiência foi ontem e meus pedidos foram atendidos! O que mais me surpreende é que ainda não acredito que terei respostas aos meus pedidos e Deus sempre me responde de uma forma avassaladora, superando em muito as minhas mais otimistas expectativas. Foi assim quando pedi a Ele por minha mãe e filha.
Lembro-me das vezes que fiz meus pedidos com os olhos nas estrelas, durante as noites de verão da janela de meu quarto.
A intensidade dos meus pedidos me davam a impressão que eles seriam capazes de abrir um caminho entre as estrelas e chegar até Deus. E quando a Lua brilhante, em suas variadas formas estava presente, meus pedidos feitos em silêncio podiam contar com sua brilhante cumplicidade. Ao final, colocava-me nas mãos do Criador, seja qual fosse a resposta. Não me pergunte como, mas sabia que tinha sido ouvido.
As respostas chegaram no tempo certo. Surgiam aos poucos. Eu não poderia ter tudo ao mesmo tempo. Mas chegaram e continuam chegando, bastando apenas pedir e aguardar com paciência.
Essa presença divina enorme que nos acompanha nunca deixará de existir. Mas é preciso se colocar integralmente nas preces e pedidos. Abrir o coração e confiar em dias melhores, por mais que tudo pareça ameaçador ao nosso redor. Se o cúmplice maior está ao nosso lado, não há o que temer.

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