Atrasos e mais atrasos.

Hoje acordei no horário, como sempre faço. Cheguei no ponto de ônibus na hora para ir até a rodoviária. Os ônibus que costumavam chegar, não chegaram. Depois de muita angústia debaixo de um "russo" espesso. Chega o ônibus, atrasado e lotado. O que poderia dar mais errado? O coitado quebrou no meio do caminho. Todos em alvoroço por conta dos horários perdidos. Mas disse o motorista: Não tem jeito, o motor morreu. Corri até a rodoviária com a passagem na mão e...lá ia embora o meu ônibus para o Rio. Nunca saía na hora, mas hoje saiu. Perdi a passagem e o ônibus, e não vi graça alguma. Cheguei atrasado na escola.
Para voltar seria mais tranquilo, assim acreditava. Comprei passagem para 17:20, mas o ônibus só chegou por volta das 17:50. O que aconteceu? Mais atrasos por conta da chuva. Quando finalmente chegou, tratei de achar o meu lugar, comer minha barra de cereais e dormir. Quando acordei, estava subindo a serra, logo no início. Já eram quase 19:15! Perplexo, perguntei ao passageiro do meu lado o que havia ocorrido. Ele me disse: engarrafamento por causa da chuva. Confirmei mais uma vez que no Rio de Janeiro, o carioca adora andar de carro quando chove, mesmo que seja alguns metros, o suficiente para engarrafar o caótico trânsito quando o motor deixa de funcionar, em plena Linha Vermelha.
Chego atrasado para aplicar a prova de matemática em Chuvópolis. A nossa rodoviária entupida de passageiros. Chovia aos cântaros, sem contar o vento gelado. E onde estavam os ônibus da Viação Esperança? Aquela que já morreu e não deixou lembranças! Ah! Relaxa e goza! disse o fiscal para aquela multidão enfurecida, que respondeu de todas as formas...o fiscal perdeu a oportunidade de ficar calado e de deixar a mãe com as orelhas frias. Desisti e peguei um executivo, mais caro, só para aqueles que "especiais e vips", como eu. Quando entrei vi que o pequeno estava cheio de água! Quando partiu, tive que levantar os pés por conta das ondas que se formavam a cada curva e as goteiras me fizeram abrir o guarda-chuva dentro do veículo.
Quando finalmente cheguei ao centro histórico, por volta das 20:15, o motorista abre a porta do ônibus e ela se solta e despenca no chão.
Foi uma gargalhada geral. Alguns passageiros tiraram fotos, outros riram muito como eu. Apesar do atraso, me senti saindo de um circo, feliz por ter participado dessa aventura inesperada.

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